De dentro do seio da Grande Mãe Terra brotam as energias destrutivas que o homem gerou, idade após idade, contra si, contra seus irmãos, contra a sua casa-Mãe. No coração das grandes tragédias, banhadas de sofrimento, mora a verdade inexorável da provisoriedade de tudo sobre a Terra. Tudo se consome, tudo se transforma, tudo se modifica. Onde têm depositado seus tesouros e riquezas, onde têm derramado sangue inocente em insanas lutas por poder, onde homens escravizam outros homens porque não os reconhecem como irmãos, onde a miséria atesta o abandono com que os homens tratam uns aos outros, onde a solidariedade não floresceu...este é o mesmo lugar que agora se vê sacudido pelos gritos que não puderam ser aplacados, e onde a mão da Misericórdia retira, coletivamente, muitas almas do plano físico, e lava o planeta de tudo o que foi gerado, que pela justiça divina agora vai sendo purificado, para que um novo homem surja, digno de herdar a Nova Terra.
Diante das tragédias os governos, as nações, mobilizam-se solidariamente, quando a dor oferece a oportunidade da cooperação mútua que não brotou espontaneamente. Debaixo de escombros ou ouvindo os gritos de dor, todos os corações pressentem que há uma só natureza que aos homens constitui, uma irmandade diversa, dispersa, vivendo dentro de muros imaginários que a ambição humana criou. Mas a casa é uma só: e precisa ser cuidada! O tempo é de destruição, transformação, renovação. Morte e renascimento são apenas portais que servem aos propósitos do Grande Espírito, a Fonte do Amor Incondicional que vocês ainda não compreendem. A dor, por hora, se mostra como um caminho para a reconstrução da cooperação mútua, da solidariedade, da abertura para o entendimento de que não há separação. O que ocorre a um homem, ocorre a todos eles! Se em algum pequeno espaço esta Terra grita e geme, é por todos os homens que ela clama! Se em algum coração a sombra fez morada, é a toda a humanidade que precisamos oferecer o amor que cuida, restaura e ilumina. Se há uma só criança ferida, é por ela que oferecemos, incansavelmente, o Sopro divino que cicatriza, ampara, cura e guia. Se há escuridão lá fora, lembrem-se de acender as luzes das câmaras secretas dos seus corações, pois é esta a natureza da luz que lhes falta neste tempo de travessia.
É amargo o tempo da colheita para uma humanidade que viveu desviada, entorpecida, atormentada. As catástrofes duramente lhes revelam que não há poder algum sobre a Terra! Não há poder atrás do qual se possa empenhar o esforço humano, que não seja este mesmo que muitos homens hoje empreendem: o poder reconstrutor do amor! Ofereçam, de onde estiverem, orações, intenções, criem em suas telas mentais imagens de conforto, apaziguamento, ofereçam sua energia amorosa, intercedam de todas as maneiras para que os seres de luz possam resgatar as almas que fizeram o desenlace da matéria minorando seus traumas e suas dores. Apelem todos à Misericórdia Divina!
Oh, Grande Espírito Criador,
Tens um coração que é Maior que o Meu
Conheces a Lei do Amor e a Lei da Justiça
Eu agora te ofereço todo o Amor que sou capaz de doar,
Para ti e para meus irmãos que sofrem
Tu que és o Próprio Amor e o Próprio coração da Bondade,
Abranda o medo dos corações, consola, ampara e pacifica as almas
Na travessia da noite dolorosa que, contudo, terá fim
E quando tudo parecer perdido, lembra-nos
Que é abandonando nossa humana loucura que O encontraremos,
E é no teu colo que somos reconfortados
Pelo amor que é maior do que a dor,
Pelo amor que nos atravessa, a iluminar o nosso olhar
Descortina diante de nossos olhos a verdade, a justiça e a bondade
Transforma provações em flores, milagres de Teu amor,
Toma-nos, pelo amor, de volta, agora e sempre, para a Luz.
Como guardião da humanidade neste tempo de provação é que eu me apresento,
Eu Sou Maitreya