Reflexões encontradas pela net

Como planejamos o reencarne?
por Vera Ghimel - veraghimel@oi.com.br

Aprendi e aprendo muito com meus amigos multidimensionais. E olha que eles têm muita paciência, pois no início, não foi fácil conviver comigo. Questionava tudo. Entrava nas religiões pra conhecer e de lá saía muito decepcionada e zangada mesmo. Não tinha a calma e a compreensão que tenho hoje, depois de todos esses anos de convivência com eles. Lembro-me da primeira briga com meus amigos invisíveis. Perguntava-lhes o porquê da criança ter que sofrer “karma”. Aliás, sempre detestei essa palavra.

Achava que nós deveríamos começar a aprender depois dos 14 anos quando estávamos já em condições de compreender. Quando entrava nos CTIs pediátricos ficava mais enfurecida ainda. Mas com o tempo e a infinita compaixão deles comecei a ser orientada.
Eles principiaram, generosamente, a me contar como funcionava essa programação. Diziam que quando vamos reencarnar escolhemos o país, a cidade, a família em que queremos nascer, com base nas nossas necessidades de aprender. Se quisermos viver na pobreza, temos que vir numa família nessas condições. Se precisarmos viver na submissão, escolhemos pais autoritários. Compreendi, então, que todo este palco de situações e provocações era orquestrado por nós e que, na verdade, não deveríamos ficar zangados com os nossos desafetos. Devíamos era dar o “Oscar” de melhor desempenho pra eles. Afinal, eles se esforçaram pra nos obstruir, perturbar, boicotar, azucrinar, etc.
O Planeta Terra faz parte deste pacote de escolhas, quando queremos que seja um lugar tridimensional e no qual tenhamos somente 10% de nossa capacidade de interagir com o meio. Lá pelas tantas eu lhes dizia que nós escolhíamos muito mal mesmo. Na verdade, não era para "pagar karma" e sim "aprender sobre".

Uma vez escolhidas as “cidades cenográficas” e os “coadjuvantes”, deveríamos apresentar um projeto. Como fazer um projeto e baseado em quê? Primeiro, vamos dar uma olhada nas nossas pendências; como numa faculdade, olhamos os créditos a cumprir para nos formar. De acordo com as pendências que são enumeradas por temas (aí é que entra a formação das 12 matrizes de nascimento), montamos a nossa planilha que não tem nada a ver com destino, mas com as tendências e influências que precisamos harmonizar para chegar a um resultado final. Nossa! Parece uma mão de obra danada, vista desse modo.

Como podemos saber se atingimos as metas desejadas? Primeiro avaliando nossa forma de lidar com a vida. Rebeldia perante os acontecimentos é o pior sintoma de que não se está com bom aproveitamento. Mas também ficar apático, submisso aos fatos, deixa a desejar. Temos que confiar nos acontecimentos como sendo os que nós pedimos para trilhar o nosso caminho e, com serenidade, observarmos o que esses fatos têm a nos ensinar. A partir daí, não perdemos tempo com lamentações de que não merecemos e que Deus não nos ama. Ou mesmo que essa vida é uma droga... E por aí vai.
Colocar a culpa nos outros ou nos fatos é outro péssimo sintoma que você está perdendo tempo e energia.
A pergunta é: “O que eu preciso aprender e para aonde fatos ou pessoas estão me apontando”?
Um dos meus amigos multidimensionais me disse uma vez que quando rimos de nossas dificuldades é que, finalmente, estamos curados. Mas ainda restava a mudança desse projeto, enquanto ainda encarnados. Seria possível? Sim, responderam-me. Mas vai depender do que se pediu no projeto. Tem gente que no projeto põe que não há cláusula de arrependimento. Daí não é fácil desenguiçar o sujeito. Mas podemos rever essa cláusula que não permite interferência?

Sim, mas pra isso é preciso que haja compreensão de que não estamos nos livrando do compromisso do aprendizado e sim alterando a forma com que o faremos. Ninguém coloca uma cláusula dessas se não tiver certeza de que, se puder, não vai cumprir o que veio aqui fazer. É a velha história da sala de aula em que o professor diz que vai sair de sala para que façam a prova e a metade da sala começa a “colar” desesperadamente. Somos muito frágeis quanto aos nossos compromissos.

Mas tem também as pessoas que gostariam de mudar e fazem um tremendo esforço e nada acontece. Vivem anos de sofrimento e obstruções de seus esforços até caírem num total desânimo e cansaço. Não são pessimistas, mas mesmo assim, parece que nada dá certo. A vida está sempre fechando as portas e lhe dizendo não. Quanto a isso, disseram-me, ou a pessoa está insistindo num caminho que nada tem a ver com eles ou eles próprios planejaram antes de nascer, passarem por este sufoco de constantes tentativas. Cada um escolhe o seu itinerário, por mais cruel que nos possa parecer, segundo as suas próprias crenças do momento. Não se pode fazer nada, porque acarretaria uma invasão das provas escolhidas. Nós, da espiritualidade, temos limites de interferência.

O importante é sabermos que uma vez cumpridas as metas por nós mesmos estabelecidas, ficamos mais felizes e aptos a voltar para empreender outras etapas que serão mais fáceis a cada vinda. É o sentimento do dever cumprido. A cada vida nos aproximamos mais da Unidade e da LUZ!